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28
Jun 11
publicado por paraisobiblioteca, às 09:00link do post | Comentar

Estou aqui a dar voltas e voltas sobre o que escrever na introdução desta entrevista. E o problema é: não sei. Tudo parece tão pouco para apresentar a entrevistada de hoje. Patrícia Reis é das poucas senhoras escritoras portuguesas que eu - simples aspirante - admiro. Acho que isso diz tudo...

 

 

P.B: Jornalismo ou Literatura?

P.R: Literatura, embora o jornalismo me tenha obrigado a uma certa disciplina e a um gosto enorme pela pesquisa. Agustina Bessa-Luís diz que a imaginação dá mais trabalho do que a pesquisa e, porventura, o jornalismo ajudou-me. A Literatura é uma forma de perguntar, de expor, de reflectir através de uma narrativa e isso implica uma série de interpretações e possibilidades que são muito atraentes. Contar uma história é o melhor de tudo.

 

P.B: Divide-se entre a Literatura Infantil e os Romances. Há um favorito?

P.R: Não tenho preferidos, gosto de ambos os registos que são, obviamente, diferentes e implicam uma consciência sobre a escrita completamente distinta.

 

P.B: Ministra cursos de Escrita Criativa, nomeadamente na Casa Fernando Pessoa. Escrever bem é para qualquer um?

P.R: A partir do momento em que começamos a conseguir escrever e nos pedem a malfadada composição sobre “As nossas férias de natal” tudo pode acontecer. Eu contei, do alto dos meus seis anos, a história do natal na perspectiva de um laço vermelho que ficou ignorado debaixo do sofá. Ser escritor é uma condição.

 

P.B: Se puder contar, fale-nos um bocadinho sobre os próximos projectos.

P.R: Estou a terminar o sétimo volume da colecção “O Diário do Micas” que sairá na Planeta Júnior, ainda não temos uma data definida para a sua saída. E estou a promover o romance novo, “Por este mundo acima”, edições Dom Quixote. A seguir? Talvez uma espécie de road-book, quem sabe?

 

 

 

 Foto por Gonçalo Santos

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Patrícia Reis é de Lisboa, nasceu na Avenida da República, na mesma zona onde hoje trabalha, ali no atelier 004, pelo qual  é responsável, há 11 anos, pela revista Egoísta e outros projectos (de exposições, a livros, de sites a stands). Começou a publicar romances em 2004 na Dom Quixote e desde aí aderiu aos blogues (mantém três) e ainda ao Facebook. Estudou História, História de Arte, Comunicação Empresarial e ainda Escrita Criativa com Rui Zink (o melhor curso de todos). Durante muitos anos foi jornalista. Agora divide o seu tempo entre o atelier que gere, a família, os amigos e os livros que lê ou escreve. Tem vários volumes no plano nacional de leitura e sete romances escritos, o último chama-se “Por Este Mundo Acima, editado pela Dom Quixote. Não gosta de telemóveis nem de reuniões. Não tem paciência para a seriedade de algumas coisas próprias da portugalidade. Escreve sobre pessoas: afinal o que há de mais importante no mundo.

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